Caso a população decida pela implantação do programa federal, a escola vai receber militares da reserva

A comunidade escolar de Emef. (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Odila Maia Rocha Brito, no bairro São Domingos, em Campinas, vai votar, nesta quarta-feira (18), se querem ou não que a escola se transforme em cívico-militar. O processo de inscrição dos votantes está marcado para às 18h e a votação será das 19h até 20h. O resultado será conhecido na sequência.
Caso a população decida pela implantação do programa federal, a escola vai receber militares da reserva, que vão atuar em diversos setores. Os militares também farão parte da equipe gestora da unidade. Hoje esse corpo é formado pela diretora, vice-diretora e orientador pedagógico.
Os oficiais não vão entrar em sala de aula, porém irão desenvolver um projeto onde serão tratados alguns valores ainda a serem elaborados. Este projeto fará parte da grade curricular da escola.
Caso a comunidade decida em não aderir ao programa, o resultado será enviado ao MEC (Ministério da Educação). Ainda não há confirmação se outra unidade poderá ser indicada. A escola de Campinas é a única do Estado a ser indicada para entrar no modelo proposto pelo governo federal.
HISTÓRICO
No dia 21 de novembro o MEC confirmou que Campinas seria a única cidade do Estado a receber o programa. A Prefeitura anunciou a adesão de Campinas ao programa, um pouco antes, no dia 10 de outubro.
Os critérios para escolher a unidade, que fica na Rua Juvenal de Oliveira, foi o menor Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da rede, ser do 6ª ao 9ª ano, ter entre 500 e 1 mil alunos e estar em área de vulnerabilidade. A escola tem, atualmente, 775 alunos.
COMO FUNCIONARÁ
Cerca de 1 mil militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares da ativa vão atuar na gestão educacional das instituições. Em 2020, o MEC destinará R$ 54 milhões para levar a gestão de excelência cívico-militar para 54 escolas, sendo R$ 1 milhão por instituição de ensino. São dois modelos.
Em um, de disponibilização de pessoal, o MEC repassará R$ 28 milhões para o Ministério da Defesa arcar com os pagamentos dos militares da reserva das Forças Armadas. Os outros R$ 26 milhões vão para o governo local aplicar nas infraestruturas das unidades com materiais escolares e pequenas reformas nestas escolas, atuarão policiais e bombeiros militares.
A proposta do governo Bolsonaro é que, até 2023, 216 escolas cívico-militares serão implantadas em todo o país, ou seja, 54 por ano. A escola cívico-militar será pública e há previsão de contrapartida do município.
Fonte: Acidade ON