
A taxa de letalidade pela covid-19 se aproximou de 4% entre os dias 7 e 13 de junho na Região Metropolitana de Campinas. Conforme os dados, das 1.759 confirmações de coronavírus nos municípios, 70 resultaram em mortes. Ou seja, 3,98% do total.
Na semana anterior, até então a pior da pandemia, o percentual era de 3,3%. Os índices são do Observatório PUC-Campinas. Para o médico epidemiologista da universidade, André Bueno, o resultado é reflexo de infecções de mais de três semanas atrás.
“Porque geralmente são pacientes que ficam muito tempo internados, entre internação, UTI e ventilação mecânica”, afirma.
Campinas, sozinha, concentrou 1.078 novos casos e 47 mortes de 7 a 13 de junho e desponta como o principal foco da RMC. A cidade reabriu o comércio, com restrições, no dia 8. Desde então, registra diariamente movimentação e aglomerações.
Apesar disso, o possível aumento de doentes ainda não foi sentido e só deve ser percebido nos próximos dias e semanas. A situação preocupa o especialista, que vê o momento de retomada inadequado diante das taxas de morte e de ocupação na saúde.
“Eu tenho experiências em hospitais que estão em situação crítica. E não dá pra esperar que a reabertura diminua os casos”, define.
Considerando a população, Indaiatuba é a mais impactada até agora. A taxa de óbitos foi de 12,5 para cada 100 mil habitantes. Até o dia 13, a região tinha 6.320 casos e 256 óbitos, aumentos de 21,5% e 45,8%, respectivamente, sobre a semana anterior.
Fonte: CBN Campinas